sábado, 9 de agosto de 2014


Recruto Musas,

 

Tenho Musas a quem sou fiel, mas assumo a minha poligamia literária, nesse mundo de palavras que nunca se esgotam.

Sei também que dedico a todas, cuidados diferentes, pois nenhuma é igual. Trato-as como as flores de quem recolho esse néctar que me ajuda a criar, a sentir a cadência e o ritmo que imprimo nas frases.

Recruto Musas porque quero regenerar, transformar, criar diferente. Preciso de Musas arrojadas, destemidas que ousem me ajudar nesta aventura pelo mundo delicioso da imaginação, do delírio poético.

Prometo me apaixonar nessa cumplicidade que liga o Poeta e a sua Musa, fator essencial à própria criação, razão que alimenta todo o ímpeto e necessidade de pegar na caneta e rabiscar todas essas deliciosas folhas brancas.

O Poeta, tal como o Pintor tem essa necessidade de preencher cada folha, imagina-a completa quando ela ainda está puramente virgem.

Toda a Musa precisa de saber tocar o instrumento com que quiser me seduzir. Eu seguirei a sua melodia e o seu canto ficará gravado nas minhas palavras. O seu nome será sempre recordado, a sua presença enaltecida.

Pagarei os vossos serviços com os textos que vos dedicarei, nos quais vos deixarei coradas de desejo, radiantes de confiança e libertas das correntes que vos amarram à vida normal e entediante.

Espero por vós no meu jardim junto ao lago, ao rio e ao mar onde gostam de se banhar.

 

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