sexta-feira, 4 de abril de 2014


A Morte

 
Todos os dias morre um filho
Todos os dias morre um pai
Todos os dias morre um irmão

Todos os dias se quebram laços de amor, todos os dias cresce o sofrimento e assim crescemos nós.
A morte do parente mais próximo continua a ser o paradigma do século XXI. A morte de um parente próximo é o momento de paragem, de sentimento.
Na sociedade da informação e do conhecimento global, rodeados de guerra, violência, tortura e massacre, continuamos sem aceitar a morte do nosso filho, irmão e pai. Eis a ponte que une todas as culturas, eis um elo de ligação entre religiões.
A morte que se tornou banal, quando em larga escala, todos jantamos atualmente ao som de bombardeamentos aqui e acolá, mas a morte singular continua a ser um momento de pausa, de introspeção, de retrospectiva.
Continuamos a querer prolongar a vida pois não entendemos ainda a morte.
A morte é o descanso daqueles que sofrem
A morte é o sofrimento daqueles que vivem
A morte é o final de um processo biologicamente inquestionável
A morte é a chantagem que temos em vida
Valerá a pena viver condicionado pela morte?
Não esqueço os que morrem, mas saúdo os que vivem e renascem da serenidade. Assim que cessam as lágrimas, surge o amor ou o ódio.
O que fazer para isolar a dor do amor? aí a fraternidade é o nosso contributo.

 

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